O estado de Mato Grosso do Sul, de acordo com o Atlas da Agropecuária Brasileira (2017), tem 92% de seu território ocupado por terras privadas, das quais 83% constituem grandes propriedades, enquanto as Terras Indígenas representam apenas 2% da totalidade do estado. Assim sendo, o cenário fundiário sul-mato-grossense revela a extrema desigualdade existente no meio rural, gerando expulsão de indígenas de suas terras originárias, resultado do processo histórico de violência que no período atual é perpetuada pelas ações e práticas do agronegócio. Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo compreender os conflitos pelos territórios em disputa e as ações violentas do capital, principalmente do agronegócio, em relação aos povos Kaiowá e Guarani. Nesse contexto, é fundamental compreender as categorias poder e violência (Arendt, 1985) para melhor compreensão das estratégias e práticas do agronegócio ao tentar se impor diante desses povos indígenas. Destaca-se que, além da revisão bibliográfica, foram feitas pesquisas em sites de notícias e de movimentos sociais que colaboraram para o debate sobre as violências ocorridas na disputa pela terra, sendo também realizado trabalho de campo.
Palavras-chaves:
violência, disputa territorial, Kaiowá e Guarani, agronegócio, Mato Grosso do Sul
Autor:
Daniel Macedo Lopes Vasques Monteiro
Revista Confins
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