RESUMO
Nas arenas internacionais de debates sobre o aquecimento global, o Brasil é apontado como grande colaborador na geração de Gases de Efeito Estufa, sobretudo na atividade agropecuária a partir de ações como queima de combustíveis fósseis, devastação florestal e utilização de fertilizantes nitrogenados (MAPA, 2012). No intuito de reverter este quadro, bem como manter-se competitivo e responder às novas demandas mundiais e nacionais, o país criou em 2010 para a atividade agropecuária, um instrumento de adesão voluntária chamado Plano de Agricultura de Baixo Carbono – Plano ABC. Com o objetivo de promover a redução de GEE no setor a partir da utilização de técnicas sustentáveis, a diferenciada adesão espacial ao Plano ABC chama atenção, entretanto, para alguns aspectos contraditórios entre seus objetivos conservacionistas e imperativos econômicos. Estas contradições podem surgir devido as negociações e agendas delimitadas por diferentes atores do setor público e privado envolvidos na elaboração e implementação do Plano ABC. Deste modo, o presente trabalho tem por objetivo geral examinar em que medida a geografia da adesão ao Plano ABC pode revelar a participação e influência de diferentes atores em sua co-construção, apontando de que forma estes podem se apropriar deste Plano a fim de controlar os efeitos do quadro de regulação ambiental ao qual ele se insere. Para o desenvolvimento da pesquisa, utilizamos como métodos a identificação e análise de contextos gerais nos quais operam o Plano ABC (revisão bibliográfica), levantamento e análise de dados (indicadores qualitativos e quantitativos) e a realização da pesquisa de campo no estado de Minas Gerais.
Palavras-chaves: Mudanças climáticas; Política pública; Agropecuária; Sustentabilidade.
Dissertação na íntegra – baixe AQUI.