No atual período histórico, caracterizado pela forte internacionalização do modo de produção capitalista, importantes transformações de ordem técnica, política e econômica têm promovido intensa reestruturação produtiva da agropecuária. Esta tem se caracterizado, entre outros, pela produção de commodities, de combustíveis renováveis, de frutas tropicais e de matérias-primas para vários ramos agroindustriais, com seu funcionamento regulado cada vez mais pela economia de mercado, em razão de demandas urbanas e industriais, em grande parte voltadas à exportação. Outra importante característica do setor é a apropriação de tais processos por parte de corporações multinacionais, associadas em especial ao capital industrial e fnanceiro, que compõem parte das novas redes de governança global que determinam como e o que se produz no campo. O presente artigo é fruto das ideias discutidas no Grupo de Trabalho de mesmo nome ocorrido durante o XI Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografa (ANPEGE), ocorrido em 2015. O principal objetivo é contribuir para aprofundar os debates acerca das dinâmicas territoriais do agronegócio brasileiro e argentino, particularmente a especialização produtiva do território; as novas relações campo-cidade e a logística agroindustrial; a reestruturação urbana e a ampliação das desigualdades socioespaciais.
Palavras-chave: regiões do agronegócio, relações campo-cidade, reestruturação urbano-regional, circuito espacial produtivo, logística agroindustrial
Autores
Ricardo Castilho
Denise Elias
Dimas Peixinho
Eve-Anne Buhler
Renato Pequeno
Samuel Frederico
Revista da ANPEGE