RESUMO
O presente trabalho de pesquisa busca empreender esforços no sentido de analisar, de modo concreto, as formas específicas da expansão do espaço urbano-residencial de Juiz de Fora/MG, especialmente aquele que envolve os grupos de maior renda, as novas territorialidades criadas, os fatores determinantes, os principais agentes estruturadores dessas modificações e, principalmente, relacionar tais dinâmicas a um processo mais geral de reprodução do capitalismo e da própria sociedade. Nessa perspectiva, a cidade é a expressão da materialização espacial das desigualdades sociais emergentes, daí pode-se afirmar que o espaço urbano não se reproduz sem conflitos e contradições, que são inerentes à própria lógica capitalista
e à reprodução de uma sociedade dividida em classes, onde, cada vez mais, a valorização do solo em certas áreas, aliada a estratégias imobiliárias, limita as possibilidades de uso do espaço pelos segmentos sociais de menor renda, ou seja, o espaço é transformado em mercadoria, destinado à troca, o que significa que a apropriação e os modos de uso tendem, certamente, a se subordinar ao mercado. Nesse sentido, as mudanças nos atuais padrões residenciais dos grupos de maior poder aquisitivo implicam transformações na organização espacial intra-urbana de Juiz de Fora, criando novas necessidades e novos arranjos espaciais, relacionados ao processo de construção da atual dinâmica socioeconômica do município e à adoção de políticas públicas que interferem diretamente nas distintas formas de ocupação de seu espaço e as permeiam.
Palavras-chave: espaço urbano-residencial, territorialidades, organização espacial urbana, políticas públicas
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